FORTUNA CRíTICA


A literatura feminina e feminista brasileira conta também com muitas adeptas de uma literatura erótica que passa com elegancia da poesia à prosa e cujo os exemplos mais significativos para os anos oitenta s?o(...) ou a cearense Joyce Cavalcante, romancista, novelista, contista e romancista com “De Dentro Para Fora”, 1978; "Inimigas íntimas", 1994, primeiro volume de um ambicioso painel “in progress”, e a bela prosa erótico-poética de "Livre & Objeto", 1980.( História da Literatura Brasileira, por Luciana Stegagno Picchio, Editora Nova Aguilar, 1997, Rio De Janeiro, pag. 650).

O C?O CHUPANDO MANGA

Com esse insólito título (conhecido dito nordestino para indicar algo ruim demais), Joyce Cavalccante lan?a o segundo volume de sua projetada tetralogia, "O cora??o dos outros n?o é terra que se pise" - iniciada com o romance "Inimigas íntimas" (1993) e continuada por este "O C?o Chupando Manga". O próximo título será "Brazucas" (termo pelo qual os brasileiros s?o chamados nos EUA) e o último, O Livro do Perd?o. Panerai Replica Watches
Fundindo realidade e fic??o (tendo como personagens figuras bem conhecidas de nosso cenário público e outras fictícias), a romancista vai desenvolvendo a eterna comédia humana - amores, ódios, ambi??es, paix?es desencadeadas pela eterna luta dos indivíduos pela conquista de riquezas ou de poder sobre os outros. Tendo como pano de fundo o desdobrar histórico-político do Brasil, desde a segunda metade do século 20 (1954-suicídio de Getúlio Vargas e os novos períodos que se sucedem) até finais desta primeira década do século 21 (com o futuro governo pós-Fernando Henrique), Joyce projeta escrever uma espécie de romance-rio que deve acompanhar, por mais de meio século, a descendência de um coronel nordestino e suas quatro mulheres (as "inimigas íntimas"), multiplicadas por 12 filhos (como as 12 tribos de Israel). Filhos que v?o tomando rumos diferentes e se espalhando pelo mundo. (...)
Num ritmo ágil de fala coloquial, sem nenhum resquício de tragédia (a n?o ser a que aqui e ali escapa pelos interstícios das palavras), a romancista vai desenrolando a escalada de vitórias de seu anti-herói, conquistadas "por baixo do pano", através de crimes de morte, roubos, mentiras... tudo visto apenas como "esperteza". E como "moral da história", um final imprevisto nos mostra que só uma "esperteza" maior e mais inteligente pode vencer a antes vitoriosa... é desolador o quadro que este bem-humorado/ trágico "O C?o Chupando Manga" nos tra?a do Brasil de nossos tempos... Sem dúvida, cabe aos escritores testemunhá-lo. "E la nave vá..."
(Por Nelly Novaes Coelho,Especial para o Jornal O Estado de S?o Paulo, 9/9/01, página D-9).

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INIMIGAS íNTIMAS

Há muito que esperávamos um romance que recuperasse a “alma” do povo brasileiro, o retrato vivo da nossa gente, os costumes, os valores, os sentimentos e a mentalidade de uma época e de uma cultura que nos pertence e que nos torna um povo genuíno e cheio de vitalidade.(...)
Joyce Cavalcante dá continuidade ao trabalho de constru??o de uma literatura autêntica e perenizadora. O Brasil corre em suas veias como a música de Vila-Lobos e a prosa de Gilberto Freyre.
( Recuperando a “Alma” Brasileira, por Hermes Rodrigues Nery, in Jornal da Tarde, Caderno de Sábado, 17/7/93, S?o Paulo, pag.5.)

Quem disse que a narrativa realista n?o tem mais lugar na literatura? O mais recente exemplo de permanência do gênero é o último romance de Joyce Cavalcante. Comprova que, enquanto existir uma realidade merecedora de ser narrada e denunciada, haverá assunto para volumes assim, com suas quatrocentas páginas prometendo seqüência, como convém a um legítimo herdeiro dos romances-painel.
Joyce Cavalcante preenche o principal requisito de quem se aventura por esse empreendimento: sabe do que está falando.(...) Ainda a registrar o equilíbrio na escolha vocabular.
(Inimigas íntimas, por Cláudio Willer, in revista Livrespa?o, n° 7, julho/agosto/setembro, 1993, S?o Paulo, pag. 5).

Sexto livro de Joyce Cavalcante, "Inimigas íntimas" traz aquele sabor de passado que nos envolve numa atmosfera familiar e aconchegante.(...) Ao fim da leitura ficamos certos que a arte de narrar está viva. Ainda é possível sentar ao redor do fogo e escutar histórias como as que eram contadas por nossas avós, ressuscitando o prazer de aprender pela experiência do outro e viajar através do imaginário.(Triangulo da Servid?o, por Sylvia Paix?o, Jornal do Brasil, Idéias/Livros, 19/6/93, Rio de Janeiro, pag. 3)

(...) A história de “Inimigas íntimas” está t?o bem planejada e executada, numa progress?o narrativa t?o lógica, que consegue despertar no leitor aquele segredo de toda narrativa de sucesso: a curiosidade pelos fatos que dever?o acontecer na página seguinte.(...) O romance empreende a volta à narratividade. E esse retorno — correspondente ao discursivo na poesia — é um fato que deve ser saudado como revigorador na fic??o. (...) (Livro Busca Volta à Narratividade, por Pedro Lyra, in O Povo, 19/5/93, Fortaleza, pag. 6B).

As pequena misérias do cotidiano sempre rendem grandes textos para quem sabe aproveitá-los. Agora nos chega o terceiro romance de Joyce Cavalcante “Inimigas íntimas”, onde a história recente da política brasileira é transformada em uma bela narrativa sobre a luta pelo poder no interior do Ceará. De uma forma linear, com agilidade e vigor, Joyce vai enredando o leitor página a página, levando-o a se envolver com os personagens como só a boa leitura é capaz.(...)( Machismo e Política no Ceará, por Maria Célia Teixeira, in Tribuna da Imprensa, 27/07/1993, Rio de Janeiro).

(...)Na verdade, um romance de forte cadência e um tom de brasilidade que cria de início, um “algo em comum”com o leitor é o que oferece o livro dessa socióloga, publicitária e jornalista com seis títulos publicados, sendo este seu terceiro romance.(...) Mesclado realidade e fic??o, Joyce Cavalcante traz evoca??es deliciosas da infancia, costumes, sentimentos, sofrimentos comuns à gente brasileira.(...)(Inimigas íntimas, por Lindofo Paoliello, in Jornal da Cidade, 8 a 14 de setembro de 1993, Belo Horizonte).

Joyce Cavalcante nos traz agora, neste sexto livro (“Inimigas íntimas”) um romance sólido, de vasto alcance histórico e social. (...) A obra é una e inteiri?a, sem cortes de capítulos. O assunto se desenrola como num vendaval, ora sopro assustador de verdades doídas, ora brisa amena, sempre latejantes de vida. Mas n?o é esta uma história preconcebida para apontar feridas. A autora apenas constata. E na constata??o das evidências e verdades que o milagre da boa fic??o registrou, vem a relevo o sinal sensível da denúncia que vem a ser parte da própria história.
Esta cria??o literária n?o há de ficar, porque já ficou. Este é um dos espelhos da Na??o, porque é reflexo de seu todo.(...)
(Vendaval e Brisa, por Caio Porfírio Carneiro, in jornal Linguagem Viva, novembro de 1993, S?o Paulo).


O DISCURSO DA MULHER ABSURDA

Contos curtos, relampagos da memória, qualquer coisa muito antiga contada de um modo novo, na revela??o do que é eternidade, desejo, paix?o, entrega, posse s?o somente as referências, os marcos da lembran?a, mas o que há de fato nas histórias é a pura luz do amor, a aventura de ser homem, ser mulher, ser amante. (O Discurso da Mulher Absurda, por Luiz Carlos Lisboa, Jornal da Tarde, caderno de Sábado, 20/08/1994, S?o Paulo, pag. 5).

Coisa mais gostosa de ler. Pensar. Fiquei com ele na cabe?a. Um livro que muda um pouco a gente.(...) Livro cheio de armadilhas. Vai nos levando pelo lado sacana, para erguer um lindo romance, delirante, pleno de vertigens. Quem disse que n?o é um romance? Estes contos, para mim, têm um só personagem.(...) Joyce me falou de descobertas; é preciso descobrir as descobertas dela. O mapa segue através de mistérios, masculinos ou femininos, de símbolos a serem decifrados.(...) (Contracapa d”O Discurso da Mulher Absurda”, por Inácio de Loyola Brand?o).

(...)Numa linguagem quer se quer coloquial, os contos ( d”O Discurso da Mulher Absurda) contêm sempre dois textos, duas partes que se interpelam, contradizem e complementam, oferecendo um lirismo inesperado, moderno, freqüentemente emergindo do sexo que ela sacraliza ao vê-lo como é: vital, amoral, saudável.(...) Escrevendo sobre Maysa, Drumond classificou três níveis de amor. O terceiro, mais maduro, efetivo e abrangente, se concretizaria na realiza??o artística. é este que Joyce, também neste livro, nos dá. (Rompendo a Absurda Pris?o, por Ant?nio Carlos Ribeiro Fester, in jornal O Escritor, julho de 1985, S?o Paulo, pag. 9).

Se pelo título, o livro diz muito em beleza poética, n?o diz tudo do texto porque o comportamento das personagens femininas é de uma riqueza verídica que foge de qualquer ilogicidade que leve ao absurdo. Talvez por isso a invers?o do título. Daí a quase alegoria. O livro, todo seu discurso, é uma coerência lírica e um realismo absorvente, e a poesia, a pura poesia, caminha em contra-ponto musical do come?o ao fim.(...)( Lado Sensual da Liberta??o da Mulher, por Caio Porfírio Carneiro, in Jornal Diário do Grande ABC, 23/3/1986, S?o Paulo).

“O Discurso da Mulher Absurda” é o quarto livro de Joyce Cavalcante: os primeiros, “De Dentro Para Fora”, “Costela de Eva”, s?o dois romances; o terceiro, “Livre & Objeto” s?o poemas em prosa — aos quais ela alude sutilmente no texto de auto-apresenta??o deste, uma coletanea de contos.
Esta informa??o basta para oferecer uma imagem da amplitude do projeto literário de Joyce: ela já tem sua fic??o espraiada por três gêneros — a indicar a “garra” dos que vem para ficar. (...)
No momento em que a sociedade brasileira tenta consolidar as suas recentes e precárias conquistas nos campos individual e social, um livro como este — escrito por uma jovem e bela mulher — surge destinado a cumprir um papel para além do campo literário. é só ler — e “curtir”.
(Desejos em Liberdade, por Pedro Lyra, O Real no Poético II,Audemars Piguet Replica Watches editora Cátedra/Pró Memória/INL, 1986, Rio de Janeiro, pag. 120).

(...)é ai que entram a vida e a literatura de Joyce, duas coisas que ela faz quest?o de juntar, o que prova esse novo e belíssimo livro, "O Discurso Da Mulher Absurda" — uma obra abrangente, lúcida, assinada por mulher como palavra de coragem aos que, intimidados pelo mundo e pela vida, se perdem nos cantos e cedem.(...) Ela reuniu vários contos escritos em situa??es diferentes, uniu-os com textos fascinantes, produzindo o que pode ser chamado de uma obra literária que utiliza o erotismo como a mais fina das matérias primas.(...) E isso fica caracterizado nesse novo livro que define Joyce como uma das grandes escritoras deste país t?o maltratado em termos de verdadeira cria??o literária. (Quando o Erotismo é Fina Matéria Prima, por álvaro Alves de Faria, revista Vis?o, 7/8/1985, S?o Paulo).

(...)Joyce conhece o ofício. Desenha as situa??es de maneira t?o convincente que é difícil n?o se apaixonar pela vendedora de produtos de beleza que se deixa seduzir pelo cliente.(...) escreve com seguran?a. Seduz e conduz o leitor até onde quer. N?o desperdi?a palavras. Seus contos s?o melhores do que qualquer roteiro amoroso, porque brotam de situa??es verossímeis. (Um Discurso Feminino, Sensível e Bem Escrito por Ricardo Soares, Jornal da Tarde, 5/7/85, S?o Paulo, pag A-19).

Quanto a Joyce Cavalccante registre-se ser ela a mais integral revela??o que a nova prosa de fic??o cearense há projetado no cenário das letras brasileiras. Integral, talvez por ser ela a única mulher da novíssima literatura cearense a haver ousado maiores aspira??es literárias. Autora dos romances "De Dentro Para Fora" (1978) e "Costela de Eva" ( 1980), bem como do livro de contos intitulado "Livre & Objeto" (1981), Joyce atualmente exerce as fun??es de Diretora da Uni?o Brasileira de Escritores em S?o Paulo. Além de ficcionista, é jornalista e publicitária, estando no momento se preparando para o lan?amento de seu mais novo livro - "O Discurso da Mulher Absurda" (publicado em 1985).(Literatura Feminina Cearense,Uma Introdu??o, por Dimas Macêdo, Crítica Dispersa, editora Funda??o Cultural Esporte e Turismo de Fortaleza,2003, Fortaleza, pag. 179)

LIVRE & OBJETO

Os textos, que poderiam ser simplesmente mini-contos, transformam-se em autênticos poemas em prosa, estruturados numa sutil linha narrativa que vai das primeiras descobertas adolescentes até as últimas experiências de adulto. (...) Estas quest?es est?o todas implícitas no título deste trabalho de Joyce Cavalcante. (Livre & Objeto). (...) N?o obstante — e talvez mesmo por essa provoca??o — o livro vem enriquecer a corrente erótica de nosso lirismo, sempre presente e sempre sufocada na evolu??o literária brasileira — e tem o mérito de explorar situa??es que todos vivem ( ou desejariam viver) numa linguagem que todos entendem. (Livre, Sim: Mas Porque Só Objeto? por Pedro Lyra, O Real no Poético II, editora Cátedra/Pró Memória/INL, 1986, Rio de Janeiro, pag. 117).

(...) Fixei a jovem escritora Joyce Cavalcante, alumbrada exploradora das terras de um erotismo amaz?nico(...)( Matrismo e Liberta??o, por Natália Correia, Jornal das Letras, 21/05/1983, Portugal, Lisboa).

Nesse livro — “Livre & Objeto” —, Joyce aborda com uma felicidade sem precedentes na Literatura Brasileira Contemporanea, as várias faces do prazer feminino; um tema ainda tabu. (...) Sem dúvida nenhuma é um livro antológico. Está tudo lá, sem culpas, sem medos, sem arrependimentos.
O livro transpira verdades, verdades verdadeiras, e como tudo que é verdadeiro, corre o risco de n?o ser aceito, de n?o ser compreendido.
( Nascer Mulher é Um Ato Político, por Didi Chiarelli, in Jornal de Botucatu, 27/5/1981, Botucatu, pag. 4).

De Joyce Cavalcante, premiada em revistas de circula??o nacional, Massao Ohno acaba de lan?ar “Livre & Objeto”, poema em prosa ou narrativa lírica sem paralelo em qualquer literatura. Somente uma mulher ( tinha de ser uma mulher!) muito sensível, extremamente inteligente, realmente livre, liberada, poderia escrever um texto envolvente como este: eroticamente lírico ou liricamente erótico. As belas fotos muito enriquecem este livro único, singular, pioneiro, que traz para a Literatura Brasileira ( leia-se universal) um dos mais belos instantes da mais pura arte. (Joyce Cavalcante e Seu Universo de Magia, por Adovaldo Fernandes Sampaio, in O Popular/ Suplemento Cultural, 20/06/1981, Goiania, pag. 3).

Acabo de ler os três livros de Joyce Cavalcante: “De Dentro Para Fora”, “Costela de Eva” e “Livre & Objeto”.(...)Clarice Lispector dizia que “sentir” é mais inalcan?ável que “inventar”. Joyce faz uma coisa e outra. Sente como o encontro numa mesma época de duas épocas diferentes atua sobre a mulher e cria, como verdadeira artista, imagens dessa oposi??o entre aquilo que a mulher é como ser e a coisa em que a transformaram.(...)Por isso, porque n?o festejar uma escritora — Joyce no caso — que utiliza da mulher como ela é, a servi?o de si mesma, sentindo as limita??es e inventando a liberta??o, mesmo através da fantasia, loucura ou amor, paix?o de alegria, segundo Spinoza? (Nos Três Livros de Joyce, Uma Evolu??o, por Eduardo Maffei, in Folha de S?o Paulo, Ilustrada, 14/09/1981, S?o Paulo,pag. 22).

COSTELA DE EVA

(...)Em “Costela de Eva”, para além dos símbolos já destacados, há vários momentos em que a autora, generalizando a situa??o existencial de seus personagens projeta a estória para um plano psicológico ou mesmo filosófico, em observa??es do tipo daquela que fecha a narrativa: “viver é um ato solitário”. (...) E situando a tese de Joyce no contexto histórico-ficcional que o produziu, n?o há o que discordar: ela assume nitidamente a forma de uma denúncia — a denúncia da solid?o a que o privilégio e a corrup??o reduzem a vida humana. (O Solitário Ato de Viver, por Pedro Lyra, in Jornal do Brasil, Caderno B,18/10/1980, Rio de Janeiro, pag.10).

O novo livro de Joyce Cavalcante tem um título que é um achado:" Costela de Eva". (...) Sensível e intuitivo, o romance de Joyce abre mais uma clareira nessa realidade do processo de transforma??o das mulheres que deixam seus casulos, seus ninhos protegidos — mas restritivos, limitadores — para participar da mudan?a da sociedade. é um livro de crítica, mesmo n?o tendo essa inten??o. E confirma uma forte ficcionista entre outras escritoras brasileiras, cada vez mais voltadas para a tarefa de fixar na literatura as até agora silenciadas angústia das mulheres.(Tra?o de Uni?o, por Heloneida Studart, in jornal O Povo, 9/01/1981, Fortaleza).

(...)é a partir do título do romance, ( “Costela De Eva”), que Joyce Cavalcante dá sentido à sua proposta: a denúncia sobre a situa??o em que se encontram incontáveis mulheres. (...) Assim as narrativas de Joyce Cavalcante s?o um instrumento de auxílio que vem em socorro de centenas de milhares de mulheres que, no seu silêncio e na sua angústia, pedem por compreens?o, dignidade e respeito. E a dizer-lhe que o jogo do amor n?o é aquele jogo de pecado e puni??o. Ele é t?o libertador como o orvalho que a cada manh? renova a terra e apazigua a sede. (Sobre a Nova Fic??o de Joyce Cavalcante, por Carlos D’Alge, in jornal O Povo, 8/2/1981, Fortaleza).

Joyce Cavalcante — eis uma escritora que se firmou. Logo depois de “De Dentro Para Fora” e, agora, com “Costela de Eva” — vemos já uma grande romancista, com personalidade, estilo, tendo o que dizer e, principalmente, sabendo como transmitir.(...) "Costela de Eva" é a história de um desencanto mais do que uma denúncia, tudo isso em cento e quarenta páginas bem fluentes e, no entanto, densas, num nível superior ao romance anterior, o que evidencia a ficcionista perfectível, melhor de trabalho para trabalho. (A Evolu??o de Uma Ficcionista, por Ibiapaba Martins, in jornal O Escritor, edi??o janeiro/fevereiro de 1981, S?o Paulo, pag. 8).

DE DENTRO PARA FORA

(...) Joyce é um dos poucos escritores da gera??o pós-vanguarda a n?o desperdi?ar o momento único de sua estréia: ao contrário da maioria que sempre estreou com obras inexpressivas, ela entra em cena com um livro ( “De Dentro Para Fora”) capaz de abrir para seu nome um lugar no quadro global da nova fic??o brasileira. (Um Par An?nimo, por Pedro Lyra, in Jornal do Brasil, caderno Livros, 24/02/79, Rio de Janeiro).

(...) Diz o crítico Roland Barthes que “escrever é espantar”. Com “De Dentro Para Fora”, a explos?o da autora e implos?o da personagem, Joyce Cavalcante “espanta”; no tema, na abordagem, na arma??o e, enfim, na linguagem. Podemos, ent?o, dizer que ela “escreve” numa vis?o intransitiva, porque, também segundo o próprio Barthes “escrever é um verbo intransitivo”... (Joyce Cavalcante De Dentro Para Fora, por Marcondes Rosa De Souza, in jornal O Povo, 21/1/1979, Fortaleza, pag. 6).

(...)A chamada à realidade faz de “De Dentro Para Fora” um livro a ser analisado, meditado mesmo, por trazer a cada qual um pouco daquilo que talvez ainda habite o seu interior, aguardando, sadicamente, o momento certo para exteriorizar-se, animalizando-lhe a existência com resultados geralmente desastrosos. (...) A profundidade do conteúdo, mormente ao final do livro, leva-nos a crer ter sido “De Dentro Para Fora” uma boa estréia.( Pelo Avesso, por Renato Monteiro de Aquino, in jornal Tribuna da Imprensa, 7 e 8/4/1979, Rio de Janeiro, pag.2/ST).

“De Dentro para Fora”, primeiro romance publicado por Joyce Cavalcante, insere-se no rol dos livros tateantes em certos aspectos que, geralmente promovem a eficácia dos romances — tra?os que, articulados, possuem o dom de nos manter presos à narrativa ou fazer-nos repousar o livro ao colo alguns momentos, pela for?a das imagens, pela vitalidade ou beleza dos gestos, falas e caracteres dos personagens que v?o sendo construídos. Em verdade, os personagens constituem uma vertente interessante do livro.(...) (De Dentro Para Fora, por Clarisse Fulkelman, in revista Tempo Brasileiro/56, janeiro/mar?o de 1979, pag 83, Rio de Janeiro).

“De Dentro Para Fora” é o romance de estréia de Joyce Cavalcante. Demonstra em várias passagens a preocupa??o com a expressividade da linguagem, recriada de modo a vitalizar o conteúdo da mensagem. Este equilíbrio ou essa conjuga??o harmoniosa do material lingüístico com a express?o do conteúdo coloca a autora em uma situa??o de distancia privilegiada dos radicalismos ora formalistas ora psicologistas da abordagem literária.
O romance é uma história de amor bem contada. Igual a todas as demais, porém surpreendentemente nova nos seus aspectos ínfimos que s?o penetrantemente captados.(...)
(De Dentro Para Fora, por Sonia Salom?o Khéde, in Revista de Cultura Vozes, ano 74, vol LXXIV, abril 1980, n° 3, pag. 242, Petrópolis).

“De Dentro Para Fora” é o romance de estréia da cearense Joyce Cavalcante. Trata-se de uma narrativa de intensa dramaticidade, em que as figuras oponentes envolvem os sujeitos no emaranhado de uma trama habilmente construída e conduzida, da qual — como em toda trama trágica — eles n?o podem sair sen?o mortos. (Anonimato e Identifica??o, por Pedro Lyra, O Real No Poético I, editora Cátedra/INL-MEC, 1980, Rio de Janeiro, pag.131)



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